Cartão paga gasto irregular até em viagem de LulaO Ministério Público do Distrito Federal abriu, há 15 dias, um inquérito civil para apurar suspeita de irregularidades no uso de cartões de crédito do governo. Refere-se a gastos realizados pela secretaria de Administração da Casa Civil da Presidência da República. Incluem as despesas de hospedagem de comitiva precursora de uma viagem de Lula.
Deu-se em 2 de maio de 2003. Nesse dia, Lula, que assumira a presidência havia cinco meses,
visitou os municípios paulistas de Ribeiro Preto e Sertãozinho. Inaugurou uma termelétrica e compareceu a uma feira agrícola. Para organizar a viagem, o Planalto enviara às duas cidades um “escalão avançado” –agentes de segurança e equipe de apoio técnico. Hospedaram-se em dois hotéis.
Descobriu-se o seguinte: com cartão de crédito do Planalto, um funcionário pagou R$ 3.030 por 22 diárias de pessoas que não constavam da lista de integrantes da comitiva oficial. Financiou também R$ 1.475 em diárias que excederam ao período de permanência de alguns dos membros da comitiva que preparou a visita de Lula.
Leia MaisFonte: Blog do Josias
Cartão “Mensalinho”: até a Lulinha tem! Conta de restaurante: R$ 500,00. Aluguel de carros: R$ 5.000,00. Ser filha do Presidente e ter cartão corporativo…Não tem preço!
A sociedade brasileira acompanha “incrédula” a farra dos cartões corporativos promovida pelo Governo Federal (do Grande Molusco, do Zé Dirceu, da Martaxa, do Marcos Valério e demais petistas).
Segundo reportagem da “folha on line” a “farra dos cartões” chega às barbas do Presidente.Um segurança de sua filha efetuou despesas na ordem de R$ 55.000,00 utilizando um desses cartões “mensalinho”, ou cartões corporativos, como preferir. A sociedade brasileira ainda não entendeu aquela história do filho do grande molusco que teria ficado rico com o desenvolvimento de “joguinhos” para telefones celulares.
Agora, mais uma vez, a farra chega perto do grande molusco que, mais uma vez, deverá dizer: “Eu não sabia”.
Fonte: Blog da Juventude Tucana
Agências gastaram R$ 1 milhão com cartões do governo em 2007As agências reguladoras do governo federal gastaram mais de R$ 1 milhão nos cartões de crédito corporativos do governo em 2007, conforme revela reportagem publicada na edição desta quarta-feira da
Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).
Segundo o relato dos jornalistas Humberto Medina, da Folha de S. Paulo, e Lorenna Rodrigues, da Folha Online, a maior parte dos gastos ocorreu em lojas de material de construção, papelarias, postos de gasolina, supermercados ou por meio de saques em dinheiro.
Na última semana,
Matilde Ribeiro anunciou a saída da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial após ser acusada de usar irregularmente o cartão corporativo do governo. Em 2007, as despesas de Matilde com o cartão corporativo somaram R$ 171 mil. Desse total, ela gastou R$ 110 mil com o aluguel de carros e mais de R$ 5.000 em restaurantes, além de ter feito compra em um free shop.
No sábado (2), outro ministro,
Orlando Silva (Esportes), anunciou que devolverá cerca de R$ 30 mil por gastos em seu cartão. Esse seria o valor equivalente ao que foi gasto desde que ele assumiu o ministério, em março de 2006.
Silva é o terceiro da lista de ministros que mais gastaram com cartão corporativo no ano passado. O ministro da Pesca, Altemir Gregolin, também está sob suspeita. A fatura do cartão dele registra o pagamento de uma conta de R$ 512,60 de um almoço com uma comitiva chinesa em uma churrascaria de Brasília.
Recordistas
Os recordistas de gastos são a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), com R$ 287,9 mil e Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), com R$ 243,8 mil.
As duas, segundo a reportagem, foram as únicas a superar, cada uma, R$ 200 mil em gastos.
O texto mostra ainda que a evolução do gasto é gradual desde o ano de 2005, quando as agências gastaram R$ 824,5 mil nos cartões corporativos. Em 2006 foram R$ 1,137 milhão (incremento de 37,9%) e em 2007, R$ 1,157 milhão (novo aporte, desta vez de 1,7% em relação a 2006).
Fonte: Folha Online
O descontrole dos cartões - Editorial do EstadãoA demissão da ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, exigida pelo presidente Lula, não estancou as revelações sobre o uso impróprio ou ilícito dos cartões corporativos do governo. Já no mesmo sábado passado em que os jornais noticiavam a saída a contragosto da ministra, que em 18 meses sacou do dinheiro de plástico do Executivo para pagar R$ 171,5 mil só com aluguel de carros, divulgou-se que em 2007 três funcionários do Planalto cobriram com seus cartões R$ 205 mil em gastos para abastecer as despensas e adegas das residências oficiais do presidente. Nada necessariamente ilícito, mas decerto ao arrepio da norma que restringe pagamentos e saques com cartão a situações emergenciais (como hospedagem e alimentação dos seus titulares em viagem, no exercício de sua função pública, por exemplo). O decreto de janeiro de 2005 que regulamentou o uso dos cartões, criados em 2001 e distribuídos atualmente a 11.500 agentes públicos, fala ainda em aquisição de materiais, contratação de serviços de pronto pagamento e entrega imediata, compras de passagens aéreas e diárias.
Não surpreende que muitos dos seus portadores tenham interpretado com liberalidade excessiva o texto legal. Dados expostos no Portal da Transparência, da Controladoria-Geral da União (CGU), revelam que o cartão corporativo do segurança pessoal da filha de Lula, Lurian Cordeiro, residente em Florianópolis, serviu no ano passado para comprar autopeças, ferragens, combustível e munições - no valor aproximado de R$ 55 mil, ao todo. Já em São Bernardo do Campo, seguranças da família do presidente pagaram com o cartão do governo, em três anos, despesas as mais diversas, incluindo a montagem e o aparelhamento de uma academia privativa de ginástica. No total do período, foram R$ 149,2 mil. O Portal contém preciosidades. Um funcionário da área de recursos logísticos do Ministério das Comunicações assinou uma compra de R$ 1.400 numa loja do Distrito Federal que vende mesas de sinuca e de pingue-pongue. O gasto não é despropositado, considerando-se o que a loja vende. A sua razão de ser, um mistério. Assim como os R$ 499 deixados pelo Banco Central, via cartão, numa loja de calçados e bolsas.
Somando-se os tostões, chega-se a uma fatura extravagante - e em expansão vertiginosa. Como este jornal revelou na edição de 13 de janeiro, as despesas do governo quitadas com cartões corporativos vêm crescendo de ano para ano. Passou-se de R$ 14,1 milhões em 2004 para R$ 75,6 milhões em 2007, dos quais R$ 58 milhões em saques nos caixas eletrônicos. Apenas a Presidência respondeu por R$ 4 milhões do total geral. Isso se sabe. O que não se sabe, a rigor, é quem gasta quanto em que - no Planalto, na Esplanada, nas autarquias, nas agências reguladoras, em suma, na infinidade de parafusos da máquina. Nesse labirinto, a fiscalização é praticamente impossível. Não poderia ser de outro modo quando se descobre, para dar um exemplo, que pelo menos 10 dos 37 ministros declaram gastos com os cartões em nome de assessores e outros subordinados. (Sem falar no caso da ex-ministra: um dia antes de se ir, como quem lava as mãos, ela demitiu dois funcionários que a teriam induzido ao "erro administrativo".)
O caso Matilde obrigou o governo a se mexer. Há uma semana, anunciou-se que saques em dinheiro com o cartão passarão a depender de autorização prévia e justificação da necessidade - ainda assim, limitados a 30% do limite de cada cartão e a setores determinados da administração. Locações de veículos mediante cartão, só em situações excepcionais. Bilhetes de viagens e diárias, em nenhuma hipótese. Mesmo supondo que as medidas moralizadoras sejam instituídas como prometido, não está claro, de um lado, se elas servirão para ensinar aos portadores dos cartões - 99% dos quais não ocupam altos cargos no governo - as virtudes públicas da moderação no uso do dinheiro alheio; tampouco está claro se virão a contribuir para estreitar significativamente o controle sobre a utilização apropriada desse meio de pagamento.
A adoção, no âmbito governamental, do cartão de crédito corporativo, corriqueiro no mundo dos negócios, foi um progresso para a desburocratização de certos gastos. O problema é o policiamento do abuso, quando são tantos e tão dispersos os usuários e os dispêndios.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Em janeiro, gasto total do governo foi de R$ 6,2 milhões O governo teve uma despesa total de R$ 6.215.880,31 em janeiro com cartões corporativos. A maior parte da conta, segundo o Portal da Transparência, refere-se a gastos feitos no fim do ano passado, mas incluídos na contabilidade de janeiro. Se for mantido esse ritmo, o ano poderá terminar com uma fatura de R$ 74 milhões. Isso praticamente repetiria a alta conta dos cartões de 2007, que totalizou R$ 75,6 milhões.
No balanço, a Presidência teve o maior gasto, R$ 1.814.378. Mas esses recursos incluem as atividades de diversos órgãos lotados na sua estrutura. Na prática, a maior despesa na rubrica vem da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), R$ 1.307.553,98. Por exercer atividades consideradas de segurança do Estado, esses gastos são protegidos por sigilo.
A Secretaria da Administração da Presidência, que inclui gastos referentes aos assessores do gabinete de Lula e da Casa Civil, entre outros órgãos, contabilizou R$ 449.187,30. Quase todos esses gastos também são sigilosos.
Entre os ministérios, o Planejamento aparece com o maior volume de despesas. Por conta do censo agropecuário feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a pasta teve despesas em janeiro de R$ 1,1 milhão. Os dados ainda apontam os últimos gastos da ex-ministra da Igualdade Racial Matilde Ribeiro: R$ 13.995,05.
Fonte: O Estado de S. Paulo