A Justiça Eleitoral não explica. A propaganda política confunde. A verdade é que 2o turno é um plebiscito muito singular: As duas chapas em confronto já foram escolhidas pelo povo e ambas receberão - qualquer que seja o resultado - importante missão para cumprir em nome do povo:
A missão da que for eleita é a GESTÃO, a administração do suado dinheiro do contribuinte. A outra não será derrotada. Receberá do povo a não menos importante tarefa de fazer a FISCALIZAÇÃO. E esta talvez seja a mais nobre missão da democracia! É para a oposição que cabe o papel de controlar os desvios, estar vigilante, denunciar e não permitir a roubalheira.
Basta avaliar o perfil do parlamento eleito e dos "aliados" para perceber que assaltantes do dinheiro público estarão, sempre, ao lado dos eleitos para a Gestão, qualquer que seja o escolhido para custodiar a chave do cofre. E, afinal, o Gestor será obrigado a "negociar" o apoio de adesistas e oportunistas para fazer sua maioria...
Eu pessoalmente já fiz minha escolha com base no perfil dos oponentes. Estou absolutamente convencido da incompetência da coligação PSDB/DEM para o exercício da oposição/fiscalização. Afinal, afora o Roberto Jefferson, todos os últimos grandes escândalos foram denunciados pela imprensa! Onde eles estavam? Será que só têm foco na Gestão?
Por outro lado, acredito sobejamente que o PT não perdeu a sua garra. Oito anos de poder não podem suprimir o espírito espartano de um grande partido! A história mostra que eles sempre foram ótimos como oposição! Denunciaram até o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal! E, afinal, o espírito sindical é muitíssimo mais compatível com a oposição/fiscalização do que com o trabalho duro do Gestor...
Política é paixão e emoção. E elas não são boas conselheiras.
Fiz a minha escolha colocando a razão no lugar da emoção. O Brasil precisa de ética e competência: na Gestão e, melhor ainda, na Oposição:
Para Gestor: José Serra (45)
Para Fiscalizador (vou colocar 2): Dilma e Lula (13).
Tenho a convicção de que, assim, estarei colocando gente certa, no lugar certo! E, promovendo a alternância do poder, algo que confere vitalidade às democracias...
Razão, no lugar da emoção e dos xingamentos!